A forja é um dos processos mais antigos e importantes na construção de facas artesanais, pois, além de melhorar a resistência e as propriedades mecânicas dos metais que serão trabalhados, ele também apresenta um ótimo custo benefício, por não desperdiçar matéria-prima durante o processo.
Apesar de trabalhoso, o forjamento passou por muita evolução com o decorrer do tempo, contando hoje, com diferentes técnicas e equipamentos, sendo os mais utilizados na cutelaria: a forja a carvão e a forja a gás, que podem gerar algumas dúvidas e dificuldades nos cuteleiros, principalmente os iniciantes, na hora de escolher a forja ideal para confeccionar suas facas.
FORJA A CARVÃO
A forja a carvão é aquele forno que tradicionalmente já é associado ao trabalho com metais. Sua estrutura costuma ser construída com ferro fundido ou utilizando material refratário, que inclui um soprador por onde passa o ar, garantindo o aquecimento nas temperaturas necessárias para forjar os metais.
É necessário muita prática ao cuteleiro para utilizar a forja a carvão, pois ela pode aquecer de forma desigual, formando apenas um ponto central muito quente, além de soltar alguns pontos pretos no contato do carvão com o aço.
No entanto, caso você precise aquecer apenas uma parte da lâminas, na forja a carvão este processo é realizado de forma muito mais fácil.
FORJA A GÁS
Já a forja a gás utiliza gás natural, propano ou gás liquefeito do petróleo (GLP) como combustível e geralmente é construída a partir de um tambor cilíndrico revestido de material refratário, um queimador que manterá a chama acesa e um botijão contendo o combustível.
A forja a gás é uma ótima opção para aquecer peças maiores e de forma mais uniforme. é também uma opção mais limpa e sem fumaça, no entanto é mais difícil aquecer apenas uma parte da lâminas utilizando-a.
É importante destacarmos que ambos os tipo de forja têm seus pontos fortes e fracos, mas ambos podem produzir ótimas facas artesanais e a escolha deve ser feita de acordo com a afinidade e habilidade de cada cuteleiro.
E aí, qual a sua preferida?
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Essas forjas a gás funcionam com gás natural de cozinha encanado?
Olá amigo, funciona sim.
eu não encontro em lugar algum a diferença entre forja a gás com soprador vs forja a gás com queimador atmosférico.
tem uma diferença no consumo de gás ou algo assim?
Vi vários queimadores atmosféricos em forja, alcançando 1300 graus.
Boa tarde Bruno! Infelizmente não temos especialista nesse assunto pra poder te responder com propriedade. Abraços!
Sou um um grande adepto da forja a carvão, é muito gostoso de trabalhar dá pra fazer caldeamento sem bórax, e têmpera seletiva bem fácil, porém forja a gás é mais fácil no geral pq não há “manutenção” do fogo
Olá Michael, ótimo complemento sim. Estamos sempre à disposição para o que precisar, abraços!
Boa noite. Gostaria de saber se o carvão mineral solta menos fuligem que o vegetal.
Bom dia amigo, infelizmente não sabemos te informar pois não trabalhamos com esse tipo de material. Abraços!
Olá, Victor, como não trabalhamos com este produto, ainda não realizamos testes conclusivos.
Mas numa pesquisa rápida, vimos que o carvão mais utilizado para forjas é o carvão mineral, devido ao seu teor calorifico ser até 6 vezes mais alto do que o carvão vegetal. Além disso quando você usa o carvão mineral e desliga a fonte de ar da forja, ele apaga, permitindo que seja utilizado em próximos forjamentos, o carvão vegetal não paga, queimando até o final.
O pessoal aponta um desvantagem no carvão mineral que é a liberação de gases, mas como todos os processos da cutelaria devem ser feitos com EPI, acreditamos que não seja uma coisa que interfira tanto, se comparado com as vantagens do mesmo.