Que o tratamento térmico é uma das etapas mais importantes para a confecção de ótimas facas artesanais, você provavelmente já sabe. 

E sim, o processo de tratamento térmico traz muitos benefícios para a cutelaria e ajuda a “revelar” o melhor do aço. O revenimento e a têmpera, por exemplo, ajudam a dar às facas a resistência e durabilidade necessárias para que não precisem ser substituídas e para que possam executar suas funções da melhor forma possível. 

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No entanto, ao longo do tempo, se perpetuaram alguns mitos sobre esta etapa do processo de confecção de facas artesanais, como o uso de sangue, urina ou cerveja na têmpera de facas poder melhorar o desempenho de corte da lâmina. 

Mas hoje, falaremos sobre alguns mitos mais práticos, que podem atrapalhar o processo de aprendizagem de quem está iniciando na cutelaria. 

Conheça alguns desses mitos e a verdade sobre eles:  

1 – O tratamento térmico é o único fator importante para facas de alto desempenho

Tornou-se muito comum determinar o desempenho da faca apenas pelo tratamento térmico pelo qual ela passou e isso, é um grande equívoco. A verdade é que mesmo o melhor aço terá um desempenho ruim, se receber um tratamento térmico ruim. 

Os fabricantes de facas que usam um tratamento térmico abaixo da média, certamente terão um desempenho abaixo da média. Mas nenhum tratamento térmico irá reparar uma forja mal feita ou transformará um aço ruim em um aço carbono ou inox de alta qualidade.

Apenas um bom tratamento térmico não garante uma faca eficiente, é preciso um conjunto de elementos para fazer uma boa faca.

2 – Os tratamentos térmicos que são projetados para a indústria, não se aplicam a facas artesanais

É comum encontrar informações de que as especificações técnicas e dados sobre os aços são feitas apenas para a indústria e que por isso devem ser ignoradas na cutelaria artesanal, mas isso não é um fato e pode prejudicar bastante a qualidade das suas lâminas.

Em geral, os aços possuem fichas técnicas com indicações de tratamento térmico que se aplicam à maioria das situações, pois em escala industrial, ele pode ser vendido em várias espessuras e utilizado em diversas aplicações. 

Portanto, consulte sempre a temperatura de têmpera, revenimento e normalização do aço que escolher trabalhar para fazer suas lâminas e obtenha ótimos resultados no tratamento térmico dele.

3 – Quando o aço perde seu magnetismo, está na temperatura certa para a têmpera

Existem duas etapas determinantes no processo de tratamento térmico de facas artesanais: a têmpera e o revenimento. 

No caso da têmpera, a variação das temperaturas vai de 480ºC a 1100ºC, dependendo do aço. É justamente por causa dessa variação que o magnetismo deve ser apenas um guia de que você está chegando lá, não um indicador firme de que você está na temperatura de endurecimento correta. 

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Conheça as temperaturas de tratamento térmico do seu aço, se aprofunde sobre outros fatores que servirão como guias para alcançá-las e não se esqueça de adquirir um termômetro para auxiliá-lo nesse processo. 

E aí, conhece mais algum mito sobre o tratamento térmico de facas artesanais? Compartilha com a gente! 

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